domingo, 16 de agosto de 2009

Afavor de mais Chuck no mundo.





Blair: Por que não está na Europa?
Chuck: Eu estava em Paris. Só para pegar seu macaron favorito do Pierre Hermé.
Blair: E Alemanha?
Chuck: Para pegar suas meias Falkes favoritas. Sabe como eu as adoro.
Blair: E o que está fazendo aqui, então?
Chuck: Você estava certa. Fui um covarde fugindo de novo. Mas todo lugar que fui, você estava comigo. Então eu voltei.
Blair: Quero acreditar em você. Mas não posso. Você me magoou muitas vezes.
Chuck: Pode acreditar em mim agora.
Blair: Só isso?
Chuck: Eu também te amo.
Blair: Pode dizer de novo? Estou falando sério. Diga de novo.
Chuck: Eu te amo. Eu te amo. São 3... 4... te amo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Deixa estar.




Quando não houver nada que valha correr atrás, ou quando sua mente está decidida, não há necessidade de tentar mudá-la. Pelas coisas que se perderam no caminho, pelo silêncio consumidor, e talvez pelo desinteresse. Todas as situações estão testemunhando um novo começo, uma nova história. Estou procurando pelo inexistente, e fugindo do surreal. Eu me sinto em paz de espírito, com a calma na ausência e com aflitos interiores. Ultimamente, quando me perco, tem algo que sei, mas não quero pensar como saber. Finalmente a parte passageira da vontade ignorada passou, agora é apenas desinteresse, a falta e o desapego sem vontade batendo uma de frente com a outra, trazendo alguns momentos insanos com pensamentos certos. Essa ironia proporcionada pelo destino, a dor e a risada por passar por ela de um jeito novo, de um jeito bom de lhe dar me faz ver as coisas com clareza. Aparentemente em algum ponto tínhamos um destino, mas não parece mais ser o caso. E a distância de outro alguém esperado é irrelevante, é divertido, e mesmo sabendo que não é um relacionamento de verdade se não puder andar de mãos dadas, é a melhor distração possível. É bom saber que não estou parada dentro de algumas memórias e não estou presente no ontem, talvez eu tenha uma mente cheia. Então, trancar as janelas e fechar as cortinas não adiantará, o sol nublado não vai passar hoje de qualquer jeito. Eu não sei até quanto tudo vai durar estável, até quando a chuva não vai atrapalhar, e se tomar ar puro é a melhor opção. Mas isso parece ser um pouco além do limite, e eu não sei do que estou atrás, então continuarei à fazer do meu jeito, leva apenas algum tempo deixando estar, e a nova sensação esperada chega tão silenciosamente que é difícil notar. Eu sei o quanto custa o desapego e paguei por ele, agora que estou livre de mim mesma eu posso conviver com todas as coisas novas proporcionadas pelo tempo. Aonde chegarei? Isso é apenas outra coisa para se assistir acontecer.

domingo, 2 de agosto de 2009

"...Todos trazem uns machucados de estimação, você e eu inclusive. No que me diz respeito, dedico a meus machucados um bom tempo de reflexão, mas não vou fechar a cara, entornar uma garrafa de uísque e me considerar uma grande intelectual só porque reflito sobre a miséria humana. Eu reflito sobre a miséria humana e sou muito feliz, e salve a contradição.
Felicidade depende basicamente de duas coisas: sorte e escolhas bem feitas.

sábado, 1 de agosto de 2009

A impontualidade



Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.
O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.